sábado, 14 de abril de 2012

Voa téu-téu querido...

E foi assim, nessa sexta feira 13 que passamos ensaiando o téu-téu. Como foi difícil para mim, a única sobrevivente téutéutiana, compartilhar com meus colegas de grupo este momento de ensino-aprendizagem. A movimentação do téu-téu é bem complexa para quem não tem muita experiência em técnicas codificadas de dança. Mas nada é impossível.
Minha missão de hoje foi ensaiar com a gurizada a segunda parte da cena onde fazemos todos juntos os mesmos movimentos. Caramba! Como tivemos dificuldade. “De novo! De novo! De novo!”. Sim, e várias vezes até todo mundo conseguir compreender de onde sai e como é cada mover do téu-téu.
O téu-téu desperta em mim uma força de vontade tão grande, pois segundo o que eu compreendo a partir da lenda de Simões Lopes Neto, só esse bicho conseguia enxergar diante de toda aquela escuridão que permanecia em insistir e trazer o medo, a angústia para os homens.

 

Assim, ao segurar a mão do colega Flávio para juntos fazermos a sequencia, senti essa força, essa vontade de voar para longe, de enxergar longe, como o quero-quero.


Esse ensaio foi muito motivador e me faz perceber mais ainda como a dança chega nas pessoas, como pode ser difícil esse ensino-aprendizagem se o professor não compreende este aluno de modo a respeitar o contexto de onde ele veio, quais são suas marcas e desejos, como esse aluno vê, pensa e age no mundo/meio onde vive.
Um viva ao Tatá que me proporciona refletir e escrever sobre essas relações entre dança e educação!
VIVA!

Xanda. 

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